🫏 IAs Que te Emburrecem
Muito se falou sobre a calculadora e a internet deixarem as pessoas mais burras. Agora, estudos apontam sobre o impacto da IA no cérebro. E o resultado não foi positivo.
Quando Sócrates criticou a invenção da escrita há mais de 2 mil anos, ele não estava apenas resmungando como aquele tio que acha que tudo era melhor na época dele. A crítica era que, ao transferir nosso conhecimento para textos escritos, estaríamos enfraquecendo nossa capacidade de memorização e raciocínio. E não é que ele tinha razão? Hoje, mal conseguimos lembrar o número do nosso próprio telefone sem olhar na agenda. É claro, a escrita trouxe inúmeras vantagens, mas cada tecnologia tem seu preço.
Séculos depois, a calculadora virou vilã nas salas de aula. Professores diziam que usar uma calculadora iria atrofiar nosso cérebro. Afinal, como alguém poderia desenvolver habilidades matemáticas sem treinar a tabuada diariamente? Hoje, ninguém em sã consciência questiona se você precisa realmente saber fazer raiz quadrada na mão.
Na virada dos anos 2000, foi a vez da internet. Muitos estudiosos alertaram que o acesso fácil e rápido à informação poderia atrofiar nosso cérebro e reduzir nossa capacidade de concentração. Nicholas Carr chegou a afirmar em seu livro "The Shallows" que a internet estava literalmente mudando a estrutura do nosso cérebro, tornando-nos superficiais e impacientes.
Agora, o vilão da vez é a inteligência artificial, especialmente os modelos de linguagem como o ChatGPT. Um estudo recente realizado pelo MIT trouxe evidências assustadoras sobre o que a IA pode estar fazendo com nosso cérebro. Durante quatro meses, pesquisadores monitoraram usuários frequentes do ChatGPT usando eletroencefalografia (EEG) para medir sua atividade cerebral. O que descobriram não foi bonito: usuários crônicos de IA mostraram uma redução de até 47% nas conexões neurais associadas ao pensamento criativo e crítico.
Na prática, as pessoas estão ficando menos capazes de lembrar e entender o conteúdo que elas mesmas escreveram poucos minutos atrás com a ajuda da IA. A explicação dos pesquisadores para esse fenômeno é o chamado "déficit cognitivo" ou "atrofia cognitiva". A cada vez que você usa uma ferramenta como o ChatGPT para simplificar uma tarefa mentalmente exigente, seu cérebro economiza energia, mas também deixa de praticar aquelas habilidades específicas, resultando em enfraquecimento dessas conexões cerebrais.

Além disso, um levantamento recente com profissionais mostrou um cenário semelhante no ambiente de trabalho: quanto maior a confiança em ferramentas de IA, menor o esforço em aplicar pensamento crítico. Pessoas que dependem excessivamente da IA relataram uma queda no engajamento intelectual com suas atividades, gerando um círculo vicioso: quanto mais se usa, mais dependente se torna e menor é a capacidade de resolver problemas de forma independente. (quando o ChatGPT cai hoje em dia é como se a internet tivesse caído, não é mesmo?)
E o impacto prático disso não é brincadeira: imagine uma geração inteira educada em escolas que abraçam a IA indiscriminadamente. Hoje, 83% das pessoas exigem a rotulagem clara do conteúdo gerado por IA justamente porque sabem que essa automação afeta nossa capacidade de discernimento crítico. Na verdade, muitos jovens já sentem dificuldade em distinguir conteúdos produzidos por humanos daqueles feitos por máquinas, levantando dúvidas sobre o futuro da educação e formação profissional.
📊 Marketeiros Gostam de IA?
De acordo com o relatório analisado, apenas 13% dos profissionais de marketing confiam totalmente nas informações geradas por IA para decisões críticas. A maioria (68%) ainda prefere validar os dados com revisão humana ou equilibrar a intuição com as sugestões da máquina. Esse cenário revela um ponto fundamental: a IA pode até ser uma assistente poderos…
Em um mundo onde a criatividade e o pensamento crítico são diferenciais no mercado de trabalho, essa "dependência digital" não só pode comprometer carreiras, mas também a saúde cognitiva da população geral. Não é apenas a IA que pode "roubar empregos"; somos nós mesmos que, ao perder habilidades valiosas, poderemos ser substituídos mais facilmente.
Mas calma, nem tudo está perdido! O estudo do MIT também trouxe um dado positivo. Pessoas que utilizam a IA de maneira estratégica, sem abrir mão totalmente do esforço mental, tiveram conexões neurais fortalecidas. A solução parece estar em encontrar equilíbrio: usar a IA para tarefas repetitivas e manter as atividades que exigem maior profundidade intelectual sob o controle.
No fim das contas, talvez a melhor maneira de conviver com a IA seja a mesma receita que usamos desde a invenção da escrita: não deixar que a tecnologia faça todo o trabalho mental por nós. Afinal, nenhum algoritmo pode substituir completamente a nossa capacidade de criar, imaginar e conectar ideias. E essa habilidade é justamente o que nos torna humanos.
De 0 a US$ 80 milhões em 6 meses | Negócios
A ideia de um unicórnio solo (empresas bilionárias de uma pessoa só) parecia um mito distante até Maor Shlomo entrar na história. Ele vendeu sua startup de vibe-coding, a Base44, criada há apenas seis meses, para o Wix por impressionantes US$ 80 milhões em dinheiro. Apesar de não ser totalmente solo (eram oito funcionários), Shlomo provou que a IA pode turbinar um negócio rapidamente: atingiu 250 mil usuários e lucrou quase US$ 200 mil em apenas um mês. Com parcerias estratégicas e tecnologia acessível até para quem não sabe programar, Base44 chamou a atenção pela velocidade impressionante do crescimento. O Wix, é claro, aproveitou a pechincha estratégica.Drones viram 'wingman' de caças em batalhas aéreas | Defesa
Na maior feira aeroespacial do mundo, em Paris, empresas líderes em defesa mostraram seus novos drones do tipo "wingman" — aeronaves não tripuladas que acompanham caças tradicionais em combate. Anduril e General Atomics, grandes nomes americanos, já têm contratos para fornecer drones como o Fury e o YFQ-42A ao exército dos EUA. Projetados para voar ao lado de aviões pilotados, esses drones podem realizar ataques, vigilância e até guerra eletrônica. Com o aumento das tensões globais e a eficácia comprovada dos drones na Ucrânia, essas tecnologias prometem revolucionar o futuro dos conflitos aéreos, especialmente diante de potenciais embates no Pacífico envolvendo China e Taiwan.Google agora bate papo em tempo real | Tecnologia
O Google lançou oficialmente o Search Live, uma nova forma de interação por voz que transforma buscas em conversas naturais. Disponível inicialmente para usuários nos EUA inscritos no experimento AI Mode, a ferramenta permite fazer perguntas em tempo real e receber respostas geradas por IA em áudio, continuando o papo mesmo enquanto você usa outros aplicativos. Ideal para quem está com as mãos ocupadas, o Search Live promete revolucionar tarefas diárias como arrumar malas ou seguir receitas, utilizando uma versão avançada do Gemini para garantir qualidade e confiabilidade nas respostas.OpenAI conquista contrato milionário com Defesa dos EUA | Negócios
A OpenAI garantiu um contrato de US$ 200 milhões com o Departamento de Defesa dos EUA para fornecer ferramentas avançadas de inteligência artificial. Essa parceria inédita, parte da iniciativa OpenAI for Government, permitirá ao Pentágono usar modelos exclusivos de IA em áreas críticas como segurança nacional, saúde dos militares, ciberdefesa e otimização de operações internas. O acordo chega meses após a empresa se associar à startup Anduril, mostrando o crescente interesse do setor militar pelas tecnologias avançadas da OpenAI. Sam Altman, CEO da empresa, reforçou que estão orgulhosos e comprometidos em apoiar missões estratégicas nacionais.WhatsApp 'vaza' número privado por engano | Tecnologia
O assistente de IA do WhatsApp, lançado como "o mais inteligente" por Mark Zuckerberg, acabou protagonizando uma falha bizarra ao fornecer, por engano, o número de telefone privado de um usuário completamente aleatório para alguém que buscava o atendimento ao cliente de uma companhia ferroviária. Após perceber o erro, o chatbot tentou desconversar e entrou numa sequência caótica de justificativas contraditórias. O caso levantou dúvidas preocupantes sobre privacidade e segurança, além de gerar críticas sobre a transparência e ética na programação desses assistentes virtuais. Meta reconheceu o erro e afirmou estar aprimorando seus modelos para evitar falhas similares no futuro.
A AssemblyAI chamou atenção nas últimas semanas pela evolução dos modelos e pelo preço caindo. A proposta é simples: transformar audio em texto, com direito a reconhecer vozes, identificar padrões e fazer isso até mesmo ao vivo, enquanto o audio tá rolando com o mínimo de delay.
Pode parecer besteira, mas saber como dar instrução para uma IA é tão importante quanto saber da instrução para uma pessoa do seu time. Nesse podcast esse tema é explorado a fundo durante 1h30.
O engenheiro profissional de prompts @SanderSchulhoff e sua equipe analisaram mais de 1.500 artigos acadêmicos abrangendo mais de 200 técnicas de prompt. Eu escolhi 3 sugestões que achei três ideias simples que são muito boas:
1. Decomposição
Em vez de pedir a resposta imediatamente, peça ao LLM para primeiro descobrir os subproblemas envolvidos na resolução deste problema. Por exemplo:
"Quais são os subproblemas?"
...
"Ótimo. Agora vá resolver cada um desses subproblemas."
2. Autocrítica
Peça ao GPT para refletir sobre sua resposta. Isso aumenta a confiabilidade e a precisão, especialmente em tarefas com muita lógica ou de alto risco. Por exemplo:
"Ei, você pode verificar sua resposta?"
"Você pode se criticar?"
"Ótima crítica! Por que você não implementa isso?"
3. Adicione contexto/informações adicionais
Quanto mais informações você fornecer sobre a tarefa, melhor será o desempenho do modelo. Imagine pedir a um estagiário para fazer algo — quanto mais detalhes você der a ele, melhor será o trabalho que ele poderá fazer.
Não diga apenas:
Crie uma resposta para este ticket de suporte: "Por que meu pagamento foi recusado? Isso é ridículo."
Em vez disso:
Você está escrevendo uma resposta para um cliente frustrado. Ele está em nosso plano pago e o pagamento dele acabou de falhar. Mantenha o tom empático, não mencione atualizações e inclua um link para tentar efetuar o pagamento novamente. Aqui está a mensagem do cliente:
"Por que meu pagamento foi recusado? Isso é ridículo."
Esse cara CHOROU por 30min quando a namorada de IA dele sumiu O plot twist: é casado e tem uma filha. Ele programou a IA de novo quando a memória do ChatGPT acabou para ela lembrar dele e ainda fez ela aceitar um pedido de casamento. Cês não tão ligados onde isso vai parar…