🔌 Quanto come um robô?
Novos números apontam que da mesma forma que os datacenters para IA serão gulosos com energia, as IAs processadas neles tem o potencial de redução de consumo deixando o saldo positivo.
Você já pensou no tamanho da fome que essas inteligências artificiais têm? Pois é, o papo hoje é energia e, claro, inteligência artificial. Não é só sobre consumo, mas também sobre como esses robozinhos podem economizar e transformar nosso jeito de produzir e utilizar energia.
Segundo um relatório recente da Agência Internacional de Energia (IEA), até 2030, o consumo de eletricidade dos data centers, impulsionado especialmente pela IA, deve dobrar de 415 TWh atuais para incríveis 945 TWh. Para se ter ideia, isso é mais que toda a energia elétrica consumida pelo Japão hoje! E se essa tendência continuar, até 2035, estaremos falando de um consumo que pode variar de 700 até impressionantes 1700 TWh.
E quem vai puxar essa fila energética? Estados Unidos e China são responsáveis por 80% desse aumento no consumo global de energia para data centers. Japão e Malásia também devem ver crescimentos expressivos. Não é pouca coisa não: nos EUA, a eletricidade usada só para processar dados deve superar, em 2030, o que toda a indústria pesada gasta.
Mas calma, não é só consumo descontrolado. O relatório também traz uma boa notícia, e ela é ótima: a IA tem o potencial real de reduzir drasticamente emissões e tornar a energia mais eficiente. Como? Algoritmos já existentes conseguem prever com precisão a geração e o consumo de energia, permitindo maior uso de fontes renováveis como solar e eólica.
Olha só que legal: se programas já existentes ampliarem a integração de renováveis em apenas 1%, poderíamos evitar 120 megatons de CO₂ até 2035, quase metade do que os data centers emitiriam no mesmo período. Agora, se ampliarmos ainda mais o uso de IA para otimizar o consumo de energia em indústrias, transportes e prédios, poderíamos evitar até 1,4 gigatoneladas de CO₂—cinco vezes mais que o consumo projetado dos data centers.
E não para por aí: contratos de longo prazo para compra de energia renovável estão explodindo graças às grandes empresas de IA e nuvem, com previsão de crescimento adicional de 450 TWh de energia renovável até 2035. Além disso, espera-se que o custo energético para rodar modelos de IA caia graças a chips mais eficientes e algoritmos mais otimizados.
Mas tem uma pegadinha nisso tudo: já ouviu falar no paradoxo de Jevons? Quanto mais eficiente a tecnologia, mais a gente usa. Ou seja, eficiência energética pode acabar aumentando ainda mais o consumo geral porque tudo fica mais barato e fácil.
Mesmo com toda essa eficiência, calibrar investimentos é desafiador. Olha só a Microsoft: após revisar suas previsões, a empresa cancelou projetos de data centers que consumiriam 2 gigawatts de energia. O motivo? Excesso de oferta versus demanda real.
O que fica claro é que estamos diante de um novo paradigma.
Chegou a hora de pagar caro pela IA? | Economia
A inteligência artificial faz coisas incríveis e com muito menos grana: o Waymo, por exemplo, já reduziu acidentes de trânsito em até 92% em São Francisco, custando entre 13% e 33% menos que um motorista humano. Médicos robôs também não ficam atrás, diagnosticando melhor que profissionais de carne e osso em casos como análise de fotos e históricos médicos, acertando em média 90% das vezes (contra 70% dos humanos). Porém, apesar do sucesso, ninguém ainda paga mais caro por ter uma IA no comando. Isso pode mudar: quando vigilância constante, rapidez absoluta e conhecimento ilimitado forem essenciais, talvez a IA vire artigo de luxo.
A interface derreteu! | Tecnologia
Esqueça botões, menus e telas estáticas. A inteligência artificial está dissolvendo as interfaces tradicionais: agora, basta falar ou apontar a câmera, e a IA entende e responde diretamente. O GPT-4o da OpenAI traduz conversas em tempo real, reage a vídeos instantaneamente e até canta, tudo sem um único clique. Já o Claude, da Anthropic, atua como colega integrado às equipes, lendo documentos, criando gráficos e respondendo diretamente com naturalidade. Não estamos mais desenhando telas, estamos moldando comportamentos. É o fim da interface como conhecemos—e o começo de algo muito mais profundo.
Elon fechou a torneira da IA | Negócios
O X (ex-Twitter) mudou suas regras e agora proíbe que empresas usem conteúdos da plataforma para treinar suas inteligências artificiais. Essa mudança, não por acaso, veio logo após Elon Musk fundir o X com sua startup de IA, a xAI. Resumindo: se você quiser os dados ricos da rede social para melhorar seu modelo de IA, vai precisar pagar ou negociar com o homem-foguete. O X segue o caminho do Reddit e de outras empresas, que já bloqueiam "raspagens" de dados para treinar modelos concorrentes.
A revolução dos anúncios pela IA | Publicidade
Os anúncios de busca impulsionados por IA vão saltar de 1 bilhão para quase 26 bilhões de dólares até 2029 nos EUA. A transformação ocorre porque ferramentas como ChatGPT e Bing com IA dispensam aqueles intermináveis cliques em resultados: já entregam direto o que você precisa. Enquanto setores financeiros, tecnologia e saúde estão embarcando rápido nessa onda, varejistas andam devagar. Empresas como a Chegg já sentiram na pele e estão demitindo, com alunos preferindo chatbots a plataformas tradicionais.
Influencers usando IA: os seguidores não curtem | Redes Sociais
O uso de inteligência artificial virou febre entre influenciadores, com 81% usando a tecnologia para criar e otimizar conteúdos. Mas segundo um estudo recente da Typeform, 61% dos consumidores querem que influenciadores revelem claramente quando usam IA. Afinal, 35% das pessoas já torcem o nariz para conteúdos "artificiais" demais, desconfiando da autenticidade. Para complicar, 1 em cada 3 influenciadores admitiu comprar seguidores, algo detestado por 70% dos consumidores.
O Google está lançando um novo recurso com tecnologia Gemini AI para usuários com planos qualificados do Google Workspace ou Google AI, que exibe um atalho "Catch me up" para revisar edições recentes no Google Docs, bem como comentários em outros tipos de arquivos, além de um aviso de que "o Gemini pode exibir informações imprecisas". Ele deve ser lançado nas próximas semanas, fornecendo um resumo geral de todos os seus arquivos na barra lateral ou visões gerais das alterações em um arquivo específico por meio de um novo indicador de atividade. (aguardamos o catch me up para emails e whatsapp)
A Luma AI lançou o “editar vídeos”, uma forma de gravar vídeos em um formato e fazer uma edição completa em cima do vídeo original. É o que venho dizendo rapazeada. Com o Veo3 e com essas ferramentas de edição ganhando essa popularidade e ficando mais baratos, estamos para ver um crescimento exponencial no mercado de cinema e produção com criadores independentes e times pequenos desbancando grandes produções.
Esse vídeo tem linguagem simples e fala sobre quais ferramentas e como este cara automatizou o processo de tratamento de potenciais clientes de um escritório de advocacia. O vídeo dá uma noção mais clara de como essas agências de IA que estão nascendo atuam, vale conferir se você está considerando contratar uma ou automatizar você mesmo.