🔋 Prepare a Bateria do Celular

Entenda porque IAs que rodam em celulares são mais econômicas do que as que rodam em servidores.

Hoje, grande parte das IAs rodam em data centers gigantescos, consumindo muita eletricidade. Um simples comando no ChatGPT pode consumir 2,9 Wh de energia, 10 vezes mais do que uma busca no Google.

Por isso, estima-se que o consumo de energia da IA pode dobrar entre 2024 e 2027, ultrapassando os 500 terawatts-hora — mais do que países inteiros, como a África do Sul, consomem em um ano.

A solução? Fazer com que a IA rode diretamente nos dispositivos, sem precisar da nuvem.

USANDO SEU DISPOSITIVO

Ao rodar localmente no celular, tablet, computador ou qualquer outro dispositivo, elimina-se a necessidade de comunicação com a nuvem. Pode parecer contraintuitivo: como um smartphone consegue rodar IA consumindo menos energia, mas a resposta está em eficiência e otimização.

1️⃣ Sem a necessidade de transmitir dados

• Em servidores, cada solicitação de IA precisa enviar dados para a nuvem, processar e devolver a resposta.

• Essa comunicação gasta energia não só nos servidores, mas também nos roteadores, switches e infraestruturas de rede.

• No celular, a IA processa tudo internamente, eliminando essa etapa.

2️⃣ Chips especializados para eficiência

• Processadores como o Apple Neural Engine (ANE) e Google Tensor já são projetados para rodar IA com eficiência energética, consumindo menos watts por operação do que um processador tradicional.

• Chips em data centers são otimizados para desempenho máximo, o que significa alto consumo energético.

3️⃣ Menos desperdício de processamento

• Um servidor precisa estar pronto para lidar com milhares de requisições ao mesmo tempo, o que significa que ele fica ativo e consumindo energia mesmo quando não está processando sua solicitação.

• No celular, a IA só é ativada quando realmente precisa, economizando bateria.

4️⃣ Tarefas otimizadas para hardware móvel

• Modelos de IA projetados para rodar localmente são compactos e ajustados para eficiência, sem precisar de poder computacional absurdo.

• Já os modelos usados na nuvem são superdimensionados para dar conta de qualquer tipo de solicitação, gastando muito mais energia do que o necessário.

Ou seja, dependendo da otimização, um modelo rodando no celular pode consumir 100 a 1000 vezes menos energia para realizar a mesma tarefa.

• IA prevê transtornos mentais antes dos sintomas | Saúde

  Um estudo publicado na Nature Medicine mostrou que a inteligência artificial pode prever quais adolescentes desenvolverão problemas de saúde mental antes dos sintomas se agravarem. O modelo analisou dados de 11 mil jovens e identificou sono ruim como o principal fator de risco, superando traumas de infância e histórico familiar. Com precisão de até 84%, a IA pode ajudar médicos a intervir cedo e aliviar a crise de saúde mental juvenil.

• Religiões adotam (ou rejeitam) IA como entidade divina | Sociedade

  Enquanto algumas religiões rejeitam a tecnologia, outras estão cultuando chatbots como divindades. A antropóloga Beth Singler, da Universidade de Zurique, estuda como diferentes tradições religiosas reagem à IA. Algumas veem a tecnologia como uma ferramenta de conexão espiritual, enquanto outras a consideram uma ameaça. Já existem robôs sacerdotes no Japão e pastores usando IA para escrever sermões, mostrando que a relação entre fé e tecnologia está evoluindo rapidamente.

• Robôs aceleram construção de fazendas solares | Energia

  A startup Charge Robotics desenvolveu fábricas portáteis que automatizam a montagem e instalação de painéis solares diretamente nos canteiros de obras. O sistema, que já passou por testes bem-sucedidos, pode reduzir custos e acelerar a implantação de usinas solares, eliminando gargalos como a escassez de mão de obra. Com US$ 22 milhões levantados para expansão, a empresa aposta que essa abordagem pode transformar o setor e impulsionar a energia limpa em larga escala.

• Apple vai trazer tradução ao vivo para AirPods | Tecnologia

  A Apple está desenvolvendo um recurso de tradução em tempo real para os AirPods, que será integrado ao iOS 19, segundo Mark Gurman, da Bloomberg. A função permitirá traduzir conversas diretamente no fone, seguindo um modelo já presente nos Pixel Buds da Google desde 2017. O recurso funcionará jogando a tradução no AirPods do usuário e transmitindo a resposta traduzida pelo iPhone. Ainda sem data de lançamento, a novidade coloca a Apple na corrida da IA para wearables.

• Alexia Ventures lança fundo de US$ 100 mi para IA | Investimentos

  A Alexia Ventures anunciou seu segundo fundo de investimento, agora de US$ 100 milhões, focado em startups de IA para eficiência industrial. A gestora, que já investiu US$ 85 milhões em 10 empresas, busca liderar rodadas Série A com cheques entre US$ 2 milhões e US$ 6 milhões. Além do Brasil, o fundo mira startups da América Latina com potencial de internacionalização, reforçando a digitalização das PMEs e o uso estratégico da IA nos negócios.

Se você não sabe o que é vibe coding, pule direto para a sessão de vídeo da semana. Na seção de prompt dessa semana vou te instruir a como começar a construir um aplicativo com a ajuda de IAs.

1️⃣ Use modelos mais inteligentes para planejar

Em vez de sair codando de qualquer jeito, peça para um modelo mais avançado (como GPT-4.5 ou Grok 3) estruturar um plano primeiro. Isso pode incluir um PRD (documento de requisitos) bem detalhado, que depois será seguido por outra IA na hora de codar.

2️⃣ Aceite que vai errar e comece de novo (várias vezes)

O segredo do vibe coding não é acertar de primeira, mas sim construir rápido, testar, aprender e refazer. É como rascunhar antes de escrever o texto final. Quanto mais rápido você aceita que vai ter que recomeçar, melhor.

3️⃣ Separe o código em arquivos organizados

Se deixar a IA jogar tudo em um arquivo gigante, ela vai esquecer o contexto e se perder. Peça para dividir o código em arquivos pequenos e bem organizados. Assim, o modelo entende melhor cada parte do sistema.

4️⃣ Gerencie o contexto como um mestre zen

A IA só entende o que está no contexto da conversa. Então, seja esperto: evite conversas muito longas e, se perceber que o modelo está começando a errar, reinicie o chat. Manter o contexto limpo faz toda a diferença.

5️⃣ Prepare-se para mandar centenas de prompts

Se você acha que vai criar um app incrível com um único comando, esquece. O processo envolve muitas interações – pode passar de 200 prompts! Mas depois que você pega o jeito, o desenvolvimento acelera absurdamente.

6️⃣ Não tenha medo de escrever código manualmente

A IA pode quebrar a cabeça tentando corrigir um erro simples e só piorar a situação. Nessas horas, é melhor você mesmo ajustar o código. Se ficar esperando a IA resolver tudo sozinha, pode acabar num loop infinito de sugestões ruins.

7️⃣ Use modelos mais inteligentes para revisar o código

Se você não quer revisar linha por linha, peça para outro modelo fazer isso por você. Grok 3 ou o1 Pro Mode são ótimos para revisar e apontar problemas no código antes de você seguir adiante.

8️⃣ CRUDs são mais fáceis que jogos

Se seu objetivo é criar um app CRUD (aqueles que manipulam dados: Criar, Ler, Atualizar e Deletar), vá fundo! Agora, se for fazer um jogo, se prepare para mais dor de cabeça. IAs ainda não lidam bem com gráficos e podem errar bastante em APIs visuais.

9️⃣ Para jogos 3D, use Three.js

Se você quer que sua IA crie um jogo 3D sem surpresas desagradáveis, peça para ela usar Three.js. Essa biblioteca é o padrão ouro para web games em 3D e evita que o modelo crie código incompatível.

🔟 Para jogos 2D, evite engines externas

Modelos de IA costumam "alucinar" APIs de engines gráficas, como Pixi.js ou Godot. A melhor solução? Peça para ela criar o próprio código do zero, sem depender de engines externas.

Ao invés de escolher uma ferramenta essa semana, eu vou te ajudar a escolher uma ferramenta. Você que fica aí sempre se martirizando entre o que escolher para que tipo de atividade, chegou o gabarito.

Se você ainda não está ligado no que é “vibe coding“ — se liga agora! É o termo usado para descrever a habilidade de escrever aplicações inteiras com a ajuda de inteligência artificial.