👎 O Último Desastre de IA
Você a esta altura já entendeu que os dispositivos com IA foram um desastre completo. E o motivo é mais simples do que parece.
Se você acompanhou o último ano de lançamentos tecnológicos, provavelmente percebeu que estávamos em plena era dos gadgets de IA. Pelo menos no papel. O Rabbit R1 e o Humane AI Pin foram vendidos como dispositivos revolucionários, destinados a transformar nossa interação com a inteligência artificial. Mas agora, com o colapso humilhante do AI Pin e a decepção geral com o Rabbit R1, chegou a hora de admitir: esse hype foi um grande fracasso.
E o pior? A gente já deveria saber disso.
O ciclo eterno do hype
Lembra dos MP3 players? Dos assistentes pessoais digitais (PDAs)? Do Google Glass? A tecnologia vive de ondas de excitação que prometem mudar tudo, mas raramente entregam. O problema não é a inovação em si, mas a expectativa inflada e a crença cega de que um gadget novo vai fazer você jogar seu smartphone fora e abraçar o futuro de braços abertos.
O caso dos dispositivos de IA segue esse roteiro à risca. As promessas eram grandiosas: interfaces naturais, comandos de voz inteligentes e uma interação “mágica” com a IA. Mas o que recebemos? Um Rabbit R1 que funciona como uma versão limitada do ChatGPT e um Humane AI Pin que, sem servidores ativos, vira um peso de papel de luxo.
O pior é que a tragédia do AI Pin não é só tecnológica, mas também financeira. A empresa, recentemente adquirida pela HP, anunciou que vai simplesmente desligar os servidores do dispositivo. Se você comprou um e está fora da janela de reembolso de 90 dias, azar o seu. Nada de crédito, nada de compensação. Apenas um belo lembrete de que o hype muitas vezes cobra um preço alto – literalmente.
A verdade sobre os gadgets de IA
O grande erro das empresas como Humane e Rabbit foi acreditar que a IA generativa precisava de um hardware próprio. Mas, sejamos honestos: o que o AI Pin faz que seu celular não faz melhor? Em vez de criar um produto que realmente preenchesse uma lacuna na vida dos consumidores, as empresas se apressaram para lançar gadgets que, no fundo, eram apenas apps com um corpo físico desnecessário.
A Apple entendeu isso. Com o Apple Intelligence, ela não pediu para ninguém comprar um dispositivo novo. Simplesmente integrou a IA ao iPhone, onde a maioria das pessoas já faz tudo. Google e Microsoft seguem a mesma linha, colocando IA dentro dos dispositivos que já usamos, não criando um novo para carregar no bolso.
O marketing precisa mais da IA do que nós
Se há algo que esse episódio dos gadgets de IA nos ensina, é que a excitação pelo novo muitas vezes é mais sobre dopamina e menos sobre utilidade. A geração do hype precisa do impacto imediato, da promessa de que algo grandioso está acontecendo. O marketing vende sonhos, mas quando o consumidor coloca a mão no produto, a realidade bate à porta. E se a realidade não impressiona, a decepção vem rápido.
A tecnologia só se consolida quando resolve problemas reais, e não quando apenas gera fascínio temporário. A revolução da IA está acontecendo, mas não em dispositivos que tentam reinventar a roda. Ela está na integração discreta, na funcionalidade aprimorada e naquilo que, de fato, melhora o dia a dia do usuário sem exigir que ele compre mais um gadget para carregar.
Então, se você ficou tentado a comprar o próximo "dispositivo de IA revolucionário", talvez seja melhor esperar um pouco. A história já mostrou que a maioria desses produtos cai no esquecimento mais rápido do que foram anunciados.
IA vertical está destruindo barreiras no mercado de software | Negócios
A IA vertical está transformando o mercado ao eliminar barreiras de adoção e integração. Diferente do SaaS tradicional, essas soluções baseadas em LLMs se adaptam aos fluxos de trabalho existentes, reduzindo custos e acelerando a adoção em setores como saúde e logística. Com novos modelos de precificação e crescimento acelerado, essa tendência pode redefinir o software especializado.
IA acelera pequenos negócios | Negócios
Uma pesquisa da Goldman Sachs revelou que 69% das pequenas empresas já utilizam inteligência artificial, um aumento significativo em relação aos 56% de 2023. O motivo? Economia de tempo e dinheiro. Empresas de TI usam IA para codificação, agências de marketing automatizam conteúdos e RHs agilizam seleções. Um exemplo prático vem da Thriftly, loja de brechó que criou um scanner de IA capaz de etiquetar inventário em dois minutos, reduzindo um processo que antes levava 20. Com essa eficiência, o fundador Andy Downard já consegue pagar salários acima do mínimo, mostrando que a IA não só acelera tarefas, mas também impacta a economia dos negócios.
Startups de IA crescem mais rápido que SaaS | Negócios
A Stripe revelou que startups de inteligência artificial estão crescendo a um ritmo recorde, superando empresas de SaaS tradicionais. Segundo a empresa, as 100 maiores startups de IA atingiram US$ 5 milhões em receita anualizada em apenas 24 meses, enquanto as de SaaS levaram 37 meses para alcançar o mesmo marco em 2018. Exemplos como Cursor, que ultrapassou US$ 100 milhões em receita, e Bolt, que chegou a US$ 20 milhões em dois meses, reforçam essa tendência. A Stripe também destacou o impacto crescente da IA em setores específicos, como saúde e arquitetura, além de registrar um crescimento de 38% em volume de pagamentos, chegando a US$ 1,4 trilhão em 2024.
Nvidia lucra como nunca com chips de IA | Negócios
A Nvidia segue no topo do mercado de chips de IA, registrando um lucro recorde de US$ 22,09 bilhões, um salto de 80% em relação ao ano anterior. No nono trimestre consecutivo superando expectativas, a empresa faturou US$ 39,3 bilhões, impulsionada principalmente pelo setor de data centers, que cresceu 93% e rendeu US$ 35,6 bilhões. Apesar da concorrência dos chips chineses mais baratos, a demanda por IA segue firme, provando que quanto mais acessível a tecnologia, maior o consumo. A festa continua, e a Nvidia segue reinando no mercado.
Waymo dispara no mercado de táxis autônomos | Tecnologia
A Waymo, da Alphabet, viu seus passeios pagos saltarem de 50 mil para 200 mil por semana em sete meses, um crescimento de 20x em menos de dois anos. A empresa expande seus serviços para Austin, Atlanta e Miami, além das operações já ativas em LA, Phoenix e San Francisco. Enquanto isso, a Tesla intensifica a disputa ao anunciar um serviço gratuito de táxis autônomos na Califórnia, esquentando a corrida pelos veículos sem motorista.
Não é uma ferramenta, mas talvez você queira entrar na lista de espera. Como tenho muitos inscritos corporativos, a ARI da You Labs vai provavelmente ser útil. Uma ferramenta de IA que vai tirar a necessidade de escrever relatórios com análises complexas, incluindo gráficos. Não vai mais precisar ficar raspando tanto no prompt.
Observação: recentemente eu usei a função deep search do ChatGPT e funcionou muito bem para montar um relatório com dados da internet. Recomendo experimentarem. Para usar, só clicar no botão com essa opção na caixa do chat.
Essa semana não vou sugerir uma ferramenta digital, quero falar talvez do que seja um barulho que você vai ouvir em breve para você não ficar todo animadinho. A Figure, que criou esses robôs humanoides quer começar os testes em residência ainda esse ano. Isso no longo prazo é inevitável, porém por enquanto é luxo, aplicações industriais são muito mais relevantes. Então te acalma.
Entenda o termo Vertical AI, o termo que está entrando na modinha de inteligência artificial e você vai ouvir muito em 2025 por causa dos agentes.