Indústria 4.0: o que é qual a relação com inteligência artificial?
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Você provavelmente já ouviu o termo "Indústria 4.0" zumbindo ultimamente e se perguntou sobre o que é todo esse hype. Bem, não tema, porque estou aqui para explicar para você em termos simples e não técnicos. Apertem os cintos; estamos prestes a mergulhar no emocionante mundo da Quarta Revolução Industrial!
Da Primeira a Quarta Revolução Industrial
Então, para entender a Indústria 4.0, vamos fazer uma rápida viagem pela estrada da memória. A Primeira Revolução Industrial começou no final do século 18 com a invenção da máquina a vapor. Então, a segunda revolução industrial veio no início do século 20 e nos apresentou às linhas de montagem e à eletricidade. A Terceira revolução industrial, por volta da década de 1970, nos trouxe os computadores e a internet. E isso nos leva à Indústria 4.0, a revolução atual que está gradualmente mudando o mundo como o conhecemos!
Quando falamos das grandes revoluções industriais, estamos falando de uma mudança sistemática na cadeia de valor produtiva. Dos custos atrelados a produção, das técnicas utilizadas no chão de fábrica. E o que estamos vendo neste momento é mais um exemplo de revolução industrial, mas uma revolução quase silenciosa, pois ela não acontece apenas na linha de produção, no mundo físico, ela acontece dentro de tecnologias digitais.
A Indústria 4.0 tem tudo a ver com conectividade e união dos mundos digital e físico. Essa revolução combina tecnologias avançadas, como a Internet das Coisas (IoT), big data, inteligência artificial (IA), robótica e muito mais para criar um nível totalmente novo de automação, produtividade e eficiência.
Uma revolução silenciona e não violenta?
O termo "violento" pode parecer um pouco forte, mas é verdade que as revoluções industriais tiveram efeitos colaterais positivos e negativos. Embora tenham aberto o caminho para incríveis avanços tecnológicos e crescimento econômico, também levaram a desafios sociais, ambientais e éticos significativos. E dessa vez não é diferente, veja o paralelo de como estamos vendo os mesmos cenários de antigamente:
No âmbito da revolta social, com cada revolução industrial, novas indústrias surgiram e as existentes foram transformadas. Como resultado, muitos trabalhadores se viram deslocados de seus empregos ou forçados a se adaptar às novas condições de trabalho. A rápida taxa de mudança também levou a mudanças populacionais significativas, pois as pessoas se mudaram das áreas rurais para os centros urbanos em busca de trabalho. Essa migração prejudicou as condições de vida, pois as cidades superlotadas lutavam para fornecer moradia adequada, água e serviços de saneamento.
Agora estamos vendo o contrário: pessoas estão saindo da cidade pois conseguem produzir remotamente seus trabalhos digitais, e uma conversa constante é de trabalhadores se perguntando se inteligência artificial irá roubar o trabalho delas.
Impacto ambiental foi um tema comum a todas as revoluções históricas. E mais uma vez vemos o termo ESG subir de valor nas prateleiras. As revoluções industriais tiveram um impacto substancial no meio ambiente. O surgimento de fábricas e a urbanização levaram ao aumento da poluição do ar, ao desmatamento e ao declínio da biodiversidade. O aumento do uso de combustíveis fósseis também contribuiu para a mudança climática, representando uma ameaça global com a qual ainda estamos lutando hoje.
Hoje em dia vemos as grandes indústrias de computação em nuvem sendo questionadas quanto ao consumo energético e se elas estão zerando suas produção de carbono. Ao mesmo tempo, essas indústrias correm para se provar não somente ambientalmente conscientes, como indicar que quem usa seus recursos também o são.
No âmbito das preocupações éticas, à medida que cada revolução se desenvolve, surgem novos dilemas éticos. Por exemplo, durante a Terceira Revolução Industrial, surgiram questões sobre privacidade e segurança à medida que os computadores e a internet foram integrados em nossas vidas diárias. Na atual Quarta Revolução Industrial, as preocupações giram em torno da privacidade dos dados, da ética da IA e do potencial de deslocamento de empregos devido à automação.
Assim, embora o termo "violento" possa ser um pouco exagerado, está claro que as revoluções industriais foram marcadas por desafios significativos e um certo grau de convulsão social. Dito isto, é essencial lembrar que esses eventos também impulsionaram o progresso e a inovação, melhorando os padrões de vida em geral e abrindo caminho para um futuro melhor.
Que Mudanças as industrias 4.0 trarão?
No mundo da manufatura, a Indústria 4.0 está tornando as linhas de produção mais eficientes e personalizadas. As fábricas agora podem criar produtos personalizados em larga escala, graças a máquinas inteligentes que se comunicam entre si e se adaptam a novas tarefas sem intervenção humana. Imagine uma fábrica onde os robôs montam um produto e ajustam seus processos instantaneamente com base nos requisitos específicos do cliente. Isso é o que chamamos de inovação!
Quando falamos de internet das coisas (IoT), estamos nos referindo a objetos do cotidiano conectados à internet e "conversando" entre si. Imagine que sua máquina de café sabe quando você acorda e começa a preparar sua mistura favorita automaticamente, ou sua geladeira avisa quando você está sem leite. Isso pode soar como pequenos milagres, mas é apenas uma amostra do que a Indústria 4.0 tem a oferecer.
Mas espere, tem mais! A Indústria 4.0 não afeta apenas a manufatura; também está transformando a maneira como vivemos e trabalhamos. As cidades inteligentes – áreas urbanas que usam a tecnologia para melhorar a infraestrutura, o fluxo de tráfego e os serviços públicos – estão se tornando realidade. Sem mencionar que as empresas estão evoluindo à medida que confiam mais na análise de dados e na IA para tomar decisões informadas e criar novas estratégias.
Fábricas inteligentes na era da computação em nuvem e AI
A Inteligência Artificial (AI) está desempenhando um papel proeminente na Quarta Revolução Industrial em andamento e tem o potencial de revolucionar indústrias e fábricas de várias maneiras. Desde simplificar as operações e aumentar a eficiência até permitir a personalização e melhorar a segurança do trabalhador, a AI está transformando todo o setor industrial. Aqui estão algumas das principais maneiras pelas quais a AI está fazendo a diferença:
Automação Industrial: robôs e máquinas alimentados por IA estão sendo cada vez mais implantados em fábricas para assumir tarefas repetitivas, mundanas ou perigosas, levando a uma maior eficiência de produção e economia de custos. Essas máquinas inteligentes podem trabalhar ininterruptamente, reduzindo o tempo de inatividade e melhorando a produção geral.
Manutenção preditiva: ao alavancar algoritmos de IA e aprendizado de máquina, as empresas podem analisar grandes quantidades de dados coletados de sensores em tempo real, identificando possíveis problemas e prevendo quando o equipamento pode falhar. Isso ajuda a reduzir o tempo de inatividade, minimizar os custos de manutenção e prolongar a vida útil do maquinário crítico na fábrica.
Controle de qualidade: os sistemas de IA podem analisar dados de câmeras e sensores para detectar defeitos ou irregularidades em produtos e processos em um nível de detalhe e precisão que ultrapassa em muito as capacidades humanas. Isso permite que as fábricas melhorem a qualidade do produto, reduzam o desperdício e reduzam os custos associados a recalls e devoluções.
Personalização e personalização: os sistemas baseados em IA podem analisar os dados e as preferências do cliente para permitir a personalização em massa, produzindo produtos sob encomenda em uma escala que antes era impossível. Isso oferece uma oportunidade para os fabricantes fornecerem soluções sob medida e um maior nível de satisfação para seus clientes.
Otimização da cadeia de suprimentos: a inteligência artificial pode analisar grandes quantidades de dados para identificar ineficiências, riscos ou gargalos nas cadeias de suprimentos. Isso permite que as empresas otimizem a logística, prevejam a demanda futura e melhorem o gerenciamento de estoque, reduzindo a falta de estoque ou o excesso de estoque.
Tomada de decisão aprimorada: as ferramentas de análise baseadas em IA podem processar e analisar grandes quantidades de dados de várias fontes, ajudando os gerentes a tomar decisões mais bem informadas. Isso pode variar desde a otimização de cronogramas de produção e alocação de recursos até a identificação de novas oportunidades de mercado ou o desenvolvimento de produtos inovadores.
Segurança do trabalhador: A IA também pode ser usada para monitorar a segurança do trabalhador nas fábricas. Ao analisar feeds de vídeo, os sistemas de IA podem identificar perigos potenciais ou práticas inseguras e alertar trabalhadores ou supervisores antes que ocorram acidentes.
Capacitação da força de trabalho: embora a IA possa deslocar certos empregos, ela também cria oportunidadespara aprimorar a qualificação da força de trabalho. Como as fábricas dependem mais de IA e automação, o mercado de trabalho irá remunerar pessoas que desenvolvam novas habilidades, como operação, programação e manutenção desses sistemas.
Em resumo, a IA associada com computação em nuvem está mudando indústrias e fábricas automatizando várias tarefas, melhorando a eficiência e a qualidade, permitindo a customização e personalização, otimizando as cadeias de suprimentos, aprimorando a tomada de decisões, promovendo a segurança do trabalhador e abrindo novas oportunidades para o desenvolvimento da força de trabalho, ou um novo mercado de trabalho, e auto otimização. Ao adotar as tecnologias de IA, as empresas podem ficar à frente da concorrência e prosperar no cenário em rápida mudança da Quarta Revolução Industrial.
Quero saber mais sobre a indústria 4.0
Talvez você possa consumir a obra de Siegfried Dais. Um engenheiro e executivo de negócios alemão, ele desempenhou um papel significativo no desenvolvimento do conceito da Indústria 4.0, apresentado na feira de Hannover.
Dais foi vice-presidente do conselho executivo da Robert Bosch GmbH, uma empresa multinacional líder em engenharia e eletrônica, de 2004 a 2012. Em seu tempo na Bosch, ele supervisionou vários departamentos, incluindo manufatura, logística, gerenciamento de qualidade e compras. Dais também foi responsável pelo desenvolvimento e implementação de tecnologias e processos inovadores.
Durante seu mandato na Bosch, Dais foi coautor do altamente influente relatório Industry 4.0 produzido pelo Working Group on Industry 4.0. Este relatório formou a base da estratégia de alta tecnologia do governo federal alemão e é amplamente creditado por apresentar o conceito de Indústria 4.0 ao mundo.
Siegfried Dais tem sido uma figura influente na evolução da Indústria 4.0, com seu trabalho na Bosch e o desenvolvimento do relatório inovador. Suas percepções e experiência ajudaram a moldar a maneira como as indústrias estão evoluindo e se adaptando às novas tecnologias, abrindo caminho para maior eficiência, sustentabilidade e competitividade no mercado global.
O emocionante reino da Indústria 4.0 pode fazer você pensar: "isso parece ótimo, mas qual é o problema?" Bem, existem algumas preocupações que acompanham essa revolução, incluindo deslocamento de empregos e riscos de segurança. Porém, é fundamental lembrar que a cada salto tecnológico, sempre surgem desafios a serem superados e oportunidades de crescimento.
Para resumir tudo, a Indústria 4.0 representa uma mudança significativa na forma como produzimos bens, vivemos e trabalhamos. Ao conectar os mundos digital e físico, estamos entrando em uma era de potencial incrível que promoverá mais inovação, eficiência e experiências personalizadas. Então, é hora de abraçar a mudança e olhar!
Acontecendo no mundo
Entrevista de emprego sem teste
Esse é o sonho da maioria dos candidatos para vagas de tecnologia. E pode ser que esse sonho se realize. Se depender da Prog.ai, recrutadores vão poder inferir a senioridade e especialização de um candidato programador usando o ChatGPT e vendo códigos que já foram escritos.
Vamos deixar a OpenAI virar um monopólio para tentar derrubá-la?
Nós já vivemos historicamente essa história: uma empresa cria algo bacana. Parte da beleza do projeto é que ele é acessível a todos, parece barato e funciona muito bem. Daí ele ganha muito apoio, cresce mais do que outros projetos e nesse momento, começa a definir o tom e as regras do jogo. Essa discussão começou já em relação a OpenAI e as recentes mudanças de postura da empresa que disse que iria abrir o acesso a AI para todos.
Um empreendedor com sócio de AI
Esse é com certeza uma das coisas mais bacanas que vi essa semana. Um cara discutiu com o ChatGPT sobre como abrir um negócio com 100 dólares. O resumo de tudo, que nasceu e com site publicado, é que até os sócios hoje em dia podem temer serem substituídos por AI.
Empresas
Apple testando AI generativa com a Siri
Aparentemente o pessoal da Apple está de olho no newsletter aqui. Na edição passada comparei as assistentes virtuais, incluindo a Siri, e agora eles estão testando na AppleTV apenas uma versão da Siri com processamento de linguagem natural para contar umas piadas e operações de relógio. Um teste bem tímido, contando que a AppleTV não é necessariamente o carro chefe da Apple.
Microsoft Lançou Assistente para o Office
Chamado de Copilot, a Microsoft anuncia uma assistente com foco nos produtos de escritório do pacote Office 365. A idéia é dar o poder de linguagem generativa para auxiliar na contrução de documentos, ajuda com o Outlook etc. A ferramenta ainda não está disponível, e sendo testada com apenas 20 clientes.
PwC e Harvey aplicando AI aos departamentos legais
Tempos atrás anunciei neste newsletter sobre o lançamento de uma inteligência artificial generativa com foco em temas legais. O nome dessa ferramenta de AI era Harvey, e hoje a PwC anunciou que vai começar a estudar a aplicação para diversos objetivos: seja melhorar a atuação de seus próprios profissionais, como treinar o modelo para atuar em seus próprios cenários.
Interessante, Mas Não Relacionado
Abelhas robóticas
Pesquisadores na Finlândia desenvolveram pequenos robôs semelhantes a fadas que podem voar, o que pode ajudar a polinizar culturas vitais em todo o mundo. Criados na Universidade de Tampere, esses minúsculos robôs são feitos de polímeros responsivos a estímulos, que no passado foram usados como materiais de construção em robôs de corpo mole controlados remotamente.