O Fim do Open-Source?
Entenda como uma nova definição do que é código aberto pode incentivar que empresas de IA façam modelos fechados.
A nova definição de inteligência artificial aberta da Open Source Initiative (OSI) trouxe uma “mudança de regras do jogo” para o setor. Agora, para um sistema de IA ser considerado open source, ele precisa oferecer três elementos essenciais: acesso aos dados de treinamento, o código completo para execução e os pesos e configurações que moldam o comportamento do modelo. Essa diretriz é um verdadeiro “tapa na cara” de gigantes como a Meta, cujos modelos, como o Llama, mesmo disponíveis para uso não comercial, mantêm informações de treinamento em segredo, impedindo a reprodução fiel. Para a OSI, isso vai contra o conceito de liberdade irrestrita de uso, modificação e compartilhamento que define o open source.
A Meta se defende, alegando que definir o que é open source na IA não é tão simples. “Não existe uma definição única de open source para IA”, disse Faith Eischen, porta-voz da empresa. Ela afirma que segurança e responsabilidades legais exigem restrições, especialmente no acesso aos dados de treinamento. Essa justificativa, porém, levanta suspeitas. Muitos críticos veem essas limitações como uma forma de reduzir a responsabilidade legal e proteger a vantagem competitiva da Meta. Afinal, grande parte dos modelos atuais são treinados com dados protegidos por direitos autorais, algo que a própria Meta já reconheceu internamente.
Essa postura de manter o controle sobre os dados e o modelo complica o ambiente para quem quer explorar a IA de maneira mais aberta e colaborativa. A nova definição da OSI lembra os tempos em que a Microsoft resistia ao código aberto para proteger seu modelo de negócios. Hoje, a Meta parece seguir o mesmo caminho, justificando o sigilo com a complexidade e os custos de desenvolvimento. Esse fechamento cria um cenário onde o open source se torna mais difícil e caro, impondo barreiras para startups e projetos independentes que poderiam inovar de forma democrática. Para a OSI, é uma questão de liberdade criativa; para as big techs, é sobre preservar o molho secreto e manter o controle.
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