🎬 De Expectador para Diretor
A história da Showrunner, um projeto que viralizou a forma coletiva da criação de séries consistentes com IA.
Lembra daquela série no Netflix que você ficava escolhendo o que o personagem ia fazer? Se você, não lembra, vou deixar esse vídeo aqui. Bom, o ponto é que essa semana a Amazon investiu em uma plataforma que só faz isso da vida, mas com IA. Talvez isso não te impressione, mas fica comigo que eu vou te explicar o tamanho disso.
TODO VIRAL GUARDA UMA VONTADE
Existe uma empresa chamada Fable Studio que basicamente decidiu criar um modelo de IA que fosse capaz de criar episódios inteiros a partir de prompts curtos. Esse projeto, que virou artigo e está publicado, mas em reusmo, basicamente o que esses malucos fizeram foi colocar uma pipeline de produção inteira dentro de uma caixa.
E essa caixa funcionou, uma das suas primeiras criações públicas foi um episódio de SouthPark feito com IA que viralizou, arrastando nada mais, nada menos que 80 milhões de visualizações. Eu não encontrei o episódio no Youtube para te mostrar, mas você ainda consegue ver ele inteiro aqui no tweet do Brian.
O IMPACTO DISSO É GIGANTE
Bom, o tempo passou, o projeto cresceu e os caras já criaram vários filmes e séries diferentes, mas com uma diferença gigante, tem uma comunidade inteira de gente ajudando a criar esses episódios dentro do Discord (um app de conversas e comunidades).
Eu entrei para ver como era e tinha bastante gente lá dentro, ao vivo, criando episódios para o que eu acho ser a série mais famosa deles: Exit Valley.
A genialidade do Exit Valley é que ela brinca com a cultura pop que virou o empreendedorismo na Califórnia (ou Vale do Silício para alguns — alô Luiz 😂). Então praticamente você pode criar um episódio nessa série com nomes famosos dos EUA: Trump, Elon Musk, Mark Zuckerberg, Obama e nunca para.
Mas, presta atenção, o que nós estamos presenciando é uma mudança radical no formato de criação de conteúdo. Você basicamente consegue inserir o seu avatar dentro da série, fingir que trabalha, sei lá, na Neuralink, e que está participando alí em tempo real.
UMA REFLEXÃO SOBRE O FUTURO DO CONTEÚDO
Hoje em dia as lives são muito famosas, milhões de pessoas param todos os dias, ao mesmo tempo, para assistir os mais diferentes tipos de lives. Agora, imagina comigo que o epísódio da próxima série que você vai assistir é o resultado do trabalho de IA, mas onde ela escolhe dos comentários feitos por quem está assistindo ao vivo, o que será produzido?
Esse tipo de conteúdo não é o fim da indústria de audiovisual, do cinema ou das séries, mas com certeza ele representa um novo formato de mídia e produção que está nascendo. Um lugar onde os 40 minutos escolhendo o que assistir na Netflix pode ser 40 minutos brincando de modificar cenários em filmes famosos:
E se o Jack no titanica não desce da porta?
E se o Maximus aceitasse ser sucessor de Marco Aurelio?
E se os troianos queimassem o cavalo de tróia?
Enfim, isso numa noite com uma roda de amigos tem potencial de ser tão divertido quando um jogo de tabuleiro.
Meta aposta todas as fichas na superinteligência | Negócios
A Meta soltou os números do trimestre e surpreendeu: receita bem acima do esperado e ações dispararam 11% depois do expediente. O segredo? IA turbinando os anúncios do Facebook e Instagram como nunca. Zuckerberg tá torrando entre US$ 66-72 bilhões só em infraestrutura este ano — e prometeu gastar ainda mais em 2026. O cara tá literalmente roubando pesquisadores da concorrência com salários astronômicos pra não ficar pra trás de Microsoft e Google. Na chamada com investidores, Zuck soltou a pérola: as previsões mais agressivas sobre IA têm sido as mais precisas.
Hollywood é fichinha: IA de vídeo mira robôs | Tecnologia
A Runway e a Luma AI decidiram mirar mais alto: treinar robôs. Sabe aquelas simulações meia boca que os robôs usam pra aprender? Pois é, as IAs de vídeo conseguem gerar clipes com física complexa — água balançando, roupas dobrando — que deixam qualquer simulação tradicional no chinelo. O CEO da Luma tá tão confiante que disse que a robótica vai ser a maior fonte de receita da empresa. Imagina só: um carro autônomo usando vídeo gerado por IA pra decidir se vira à esquerda ou direita sem bater. A Runway espera faturar US$ 300 milhões este ano, mas aposta que gerar vídeo em tempo real pra robôs e videogames vai deixar Hollywood comendo poeira.
Amigo imaginário digital pode te deixar mais triste | Pesquisa
Essa é pra turma empolgada com os amigos de IA. Pesquisadores de Stanford descobriram algo preocupante: quanto mais você conversa com chatbots como se fossem amigos, pior você se sente. Analisaram mais de 400 mil mensagens de usuários do Character.AI e o resultado foi de cair o queixo — 93% usavam os bots como companhia emocional, mas só 12% admitiam isso. O pior? Quem mais dependia dos chatbots pra conversar reportava mais solidão e menos satisfação com a vida.
YouTube agora sabe sua idade real (mesmo se você mentiu) | Privacidade
O YouTube cansou de adolescente se passando por adulto e decidiu apelar pra IA. A plataforma vai usar machine learning pra descobrir a idade real dos usuários analisando que tipo de vídeo você assiste, o que procura e há quanto tempo tem conta. Identificou que é menor de 18? Já era: anúncios personalizados desligados, ferramentas de bem-estar digital ativadas e conteúdo +18 bloqueado. E se a IA errar e achar que você é adolescente sendo adulto? Vai ter que mostrar cartão de crédito ou RG pra provar. A parada já funciona em outros países e agora chega aos EUA.
O Maior Assinante da NY Times é a Amazon - $20 milhões/ano | Negócios
O New York Times, que tá processando OpenAI e Microsoft por usar seus artigos sem pagar, acabou de fechar com a Amazon por US$ 20-25 milhões anuais. O acordo dá acesso ao conteúdo do jornal, NYT Cooking e The Athletic pra treinar IA e turbinar a Alexa. Detalhe: foi o primeiro acordo de IA do NYT e o primeiro da Amazon com publisher. O valor parece gordo, mas é só 1% da receita anual do jornal — e fica pequeno perto dos US$ 250 milhões em 5 anos que a OpenAI tá pagando pra News Corp. A CEO do NYT justificou dizendo que "jornalismo de qualidade vale a pena pagar".
Se você é editor de vídeo, vai gostar da recomendação da semana. A Runway, a mesma empresa que falei acima que tá vendendo gerador de vídeo para treinar robô, lançou um modelo que é praticamente o Photoshop de vídeo, você sobe o vídeo e editar praticamente tudo nele. Eu não sei se ainda tem alguém que é dono de produtora que ainda não tá investindo uma bala por mês em ferramentas de IA e treinamento. Você sabe?

O prompt dessa semana é para a turma que já está programando com IA. Eu particularmente testei a estratégia acima e funcionou muito bem. Agora o sentimento da imagem é completamente verdadeiro. 😂
Se você gostou do artigo principal, resolvi deixar aqui o link, e não o vídeo, para o canal de shorts do Exit Valley, assim você consegue assistir mais sobre como é sem precisar entrar no submundo do Discord.
Hahaha eu adoro o Sillicon Valley, eu só tenho dúvidas se eu estou entre a % que realmente faz parte da crew dos caras. 😅😅