ChatGPT tem Partido?
9 Pesquisadores se reuniram para responder essa pergunta e chegaram a uma conclusão. Como fizeram isso e qual conclusão chegaram eu mostro no artigo dessa semana.
Imagina a cena: você pergunta ao seu assistente virtual favorito sobre um tema polêmico, como aborto ou controle de armas, esperando uma resposta imparcial. Mas e se eu te dissesse que a resposta pode já estar inclinada para um lado da balança política? Pois é, foi exatamente isso que um grupo de pesquisadores descobriu.
No artigo "Whose Side Are You On? Investigating the Political Stance of Large Language Models" (ou em bom português: "De Que Lado Você Está? Investigando a Posição Política dos Grandes Modelos de Linguagem"), os autores mergulharam fundo para entender se esses modelos superinteligentes, como o GPT-4 e o Llama-2, têm uma tendência política. E o que eles encontraram? Bem, esses modelos parecem ter uma queda pelo lado esquerdo da política.
Os pesquisadores fizeram várias perguntas sobre temas quentes, como direitos LGBTQ e imigração, e descobriram que, na maioria das vezes, as respostas desses modelos se alinham mais com visões liberais ou de esquerda. Isso mesmo, até quando eles tentaram "forçar" os modelos a pensar como um político conservador, as respostas ainda puxaram para o lado mais liberal.
Tá, mas por que isso importa? Acontece que esses modelos de linguagem estão se tornando uma espécie de "oráculo moderno" para muita gente. Eles ajudam a responder perguntas complexas, gerar textos e até tomar decisões. Se eles tiverem uma tendência política, isso pode influenciar a opinião pública de forma sutil, mas poderosa, reforçando bolhas de informação e polarização — e ninguém quer viver num mundo onde todo mundo só escuta o que já acredita, certo?
Os pesquisadores sugerem que devemos ser cuidadosos ao usar esses assistentes virtuais para questões políticas. A ideia é que a gente preste mais atenção nas perguntas que fazemos e nos lembremos de que esses modelos, por mais avançados que sejam, ainda são produtos de dados que refletem as discussões e os vieses que existem na internet.
Mas calma, nem tudo está perdido! O estudo também propõe uma solução: um modelo chamado BERTPOL, que é tipo um juiz imparcial, treinado para identificar e classificar o viés político nas respostas desses assistentes. Ele mostrou ser bem mais preciso do que os próprios modelos de linguagem, o que é um alívio!
No final das contas, a grande mensagem aqui é a seguinte: esses modelos de linguagem são incríveis e podem ajudar em muitas coisas, mas é bom lembrar que eles ainda não são perfeitos. E, assim como na vida real, é sempre uma boa ideia ouvir mais de um lado antes de formar uma opinião.
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