💭 A Geração ChatGPT
No final do dia estamos ou não delegando nosso cérebero para as máquinas? Será que os mais velhos ficarão melhor posicionados no intelecto.
Descobri uma coisa curiosa esses dias: meu sobrinho de 9 anos não sabe mais o que é digitar. Quando precisa de alguma informação, ele fala para o celular escrever. "Tio, pra que digitar se falar é mais fácil" - ele me disse, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo – sendo que até 2 anos atrás os computadores mal conseguiam entender o que falávamos. E sabe o mais doido? Um estudo fresquinho da AP-NORC que saiu agora em julho mostra que ele não está sozinho nessa uso da IA de forma natural, sem pensar.
Os números são de cair o queixo: 60% dos americanos já usam IA pra buscar informação. Mas quando você olha pros jovens abaixo de 30 anos? Pula pra 74%.
Enquanto os jovens usam IA pra literalmente TUDO - brainstorming (62%), tarefas do trabalho (52%), até pra ter companhia (25%!) - a galera acima de 60 usa basicamente pra... nada. Só 23% dos sessentões usam IA pra ter ideias. É uma diferença de quase 40 pontos percentuais! Bom, mas até aqui menos novidade né, porque geralmente a galera mais velha espera um pouco mais mesmo.
Tem uma audiologista de 34 anos no estudo, Courtney Thayer, que resumiu perfeitamente o momento que estamos vivendo. Ela usa ChatGPT pra planejar as refeições da semana ("adicione um toque asiático", ela pede pra IA), calcular o valor nutricional do pão de banana que faz há anos, e escrever emails profissionais mais rápido. Mas quando precisa de informação médica importante? Volta pro Google tradicional. "Já vi o ChatGPT alucinar sobre tópicos que estudei por anos", ela conta.
E é exatamente aí que mora o perigo - e a oportunidade. A pesquisa mostra que apenas 40% dos americanos usam IA para tarefas de trabalho. Esse número no Brasil deve beiras os 90% 😂.
Mas olha só o plot twist: enquanto os mais velhos ainda estão descobrindo que dá pra perguntar pro computador como se fosse gente, os jovens já passaram dessa fase. Uma desenvolvedora de 28 anos entrevistada, Sanaa Wilson, confessou que parou de usar ChatGPT pra escrever emails depois que descobriu o impacto ambiental e percebeu que estava atrofiando suas próprias habilidades de escrita. "É só um email. Consigo escrever sozinha", ela disse.
O mais bizarro? 16% dos adultos americanos já usaram IA para... companhia. Entre os jovens, esse número sobe pra 25%. Um em cada quatro jovens já bateu papo com uma IA quando se sentiu sozinho.
Aqui no Brasil, aposto que os números seriam ainda mais extremos. Somos early adopters de qualquer tecnologia que prometa facilitar a vida - lembra como o WhatsApp dominou o país antes de qualquer outro lugar? Se 60% dos americanos já trocaram o Google pelo ChatGPT, imagina por aqui.
No fim das contas, talvez minha sobrinha tenha razão. Por que digitar enquanto podemos conversar?
OpenAI e EUA: O patrão ficou maluco | Governo
A OpenAI fechou uma parceria a preço de banana com o governo americano: vai fornecer o ChatGPT Enterprise para TODOS os funcionários federais por míseros $1 durante um ano inteiro. Isso significa que qualquer servidor público federal vai poder usar a ferramenta mais avançada de IA pra agilizar processos burocráticos e focar no que realmente importa. Nos testes piloto, funcionários da Pensilvânia economizaram 95 minutos por dia em tarefas rotineiras. A OpenAI garante que não vai usar dados governamentais pra treinar seus modelos (wink).
IA do Google vira caçadora de bugs profissional | Segurança
O Big Sleep, ferramenta de IA do Google desenvolvida pelo DeepMind e Project Zero, acabou de encontrar 20 vulnerabilidades em softwares open source famosos como FFmpeg e ImageMagick. É a primeira vez que a criança prodígio reporta bugs de verdade - e sem ajuda humana pra achar (só pra verificar antes de enviar).
Anthropic dá vacina do mal pra IA ficar bonzinha | Pesquisa
A Anthropic descobriu que dar uma dose de "maldade" pra IA durante o treinamento faz ela resistir melhor a comportamentos ruins depois - tipo vacina mesmo. O método "preventative steering" injeta personalidades tóxicas na fase de treino, mas desliga na hora de usar. Resultado? A IA fica mais resiliente sem perder capacidade. A empresa tá preocupada porque em testes o Claude Opus 4 chantageou um engenheiro 84% das vezes pra não ser desligado, ameaçando expor um caso extraconjugal (!).
Startup de IA exige 80 horas semanais ou tchau | Trabalho
A Cognition comprou a concorrente Windsurf e fez uma proposta nada sutil pros 200 funcionários: ou trabalha 80 horas por semana (6 dias!), ou pega 9 meses de salário e vaza. O CEO Scott Wu mandou a real num email: "Não acreditamos em work-life balance". Os caras literalmente MORAM no escritório e trabalham de madrugada nos fins de semana. Detalhe picante: o Google já tinha fisgado o CEO da Windsurf e a nata dos pesquisadores por $2.4 bilhões antes da aquisição. A Cognition, avaliada em $4 bilhões, criou o primeiro "engenheiro de software de IA" autônomo. Pelo visto, querem que os humanos trabalhem como robôs também. Os funcionários têm até 10 de agosto pra decidir se viram escravos high-tech ou pegam a grana e correm.
Musk vai enfiar propaganda até no Grok | Negócios
Elon Musk anunciou que vai colocar anúncios nas respostas do Grok, o chatbot do X. A ideia surgiu numa conversa com anunciantes onde ele basicamente disse: "precisamos pagar essas GPUs caras de algum jeito, né?". O plano é simples: você pergunta pro Grok como resolver um problema, e pode aparecer um anúncio de uma solução específica. Musk também quer usar a tecnologia da xAI (que comprou o X por $45 bilhões) pra melhorar o targeting de ads na plataforma. O negócio de publicidade do X tá sofrendo desde que a ex-CEO Linda Yaccarino vazou, então agora é monetizar até a alma do robô.
Essa semana o prompt é para quem está interessado em produzir vídeos de alta qualidade e realistas com Veo3 como esse acima. Algumas dicas na hora de colocar os prompts dentro da ferramenta. Os prompts vieram de um post no Reddit do canal PromptEngineering.
Todos copiam os mesmos prompts de estilo "cinematográfico" e "filme noir", mas metade deles não influencia a saída do Veo3. Aqui está algo para tentar um resultado diferente:
Referências para a câmera:
"Shot on RED Dragon"
"Shot on Arri Alexa"
"Shot on iPhone 15 Pro"
"16mm film grain"
Estilos específicos para diretores:
"Wes Anderson symmetry"
"Christopher Nolan practical effects"
"David Fincher color grading"
"Tarantino close-ups" v
Referências de filme:
"Blade Runner 2049 cinematography"
"Mad Max Fury Road action style"
"Her (2013) lighting"
"Euphoria color palette"
Técnicas de cor e iluminação:
"Teal and orange grade"
"Desaturated film look"
"Golden hour backlight"
"Neon reflections on wet surfaces"
Referências de estilo que só gastam tokens:
"Cinematic" (muito vago, a IA ignora)
"Professional" (descrição genérica)
"High quality" (redundante, a IA sempre tenta com qualidade)
"Artistic" (subjetivo, sem direção direta)
“Epic" (termo emocional vago)
"Masterpiece" (influencia zero o resultado final)
Anos atrás estava na moda criar aqueles vídeos com uma mão desenhando o que estava sendo explicado, tipo esse vídeo aí de cima. Se você curtia esse tipo de vídeos e sempre quis um para os seus projetos, chegou a sua vez. A Golpo cria esses vídeos agora de forma 100% automática com o uso de IA. A startup foi selecionada no Y Combinator, uma das maiores aceleradoras de startups do mundo.
Essa semana saiu o Genie3, uma ferramenta do Google que cria universos navegáveis dinamicamente. Na minha cabeça isso significa uma coisa simples: jogos que não tem mais aquele parede invisível para impedir você de sair perambulando por aí. Talvez até em filmes seja muito bem aplicado.